O valor dos retiros como oportunidades para a autorreflexão dos coaches
Lugares inspiradores e serenos, e ambientes controlados para o florescer do autodesenvolvimento. Assim são os retiros, que auxiliam os coaches a ampliar a consciência, aprimorar as habilidades pessoais e dar continuidade ao seu desenvolvimento de carreira.

Por isso, em outubro, dois fundadores da Escola de Coaches, Maria Angélica Carneiro e Jorge Dornelles de Oliveira, participaram de um retiro em Tofte Manor, no condado de Bedfordshire, na Inglaterra, realizado pela Coaching Supervision Academy – CSA, instituição da qual são credenciados.

Na programação, caminhadas, meditação guiada, escrita reflexiva, exercícios criativos, dinâmicas e conversas fizeram parte do conjunto de atividades livres destinadas a provocar nos participantes reflexão, vislumbramento e ponderação. A vivência no retiro ainda possibilitou aos fundadores da Escola de Coaches o despertar para ideias de novas abordagens e programas para a Escola, inspirados na supervisão da CSA.

“Em Tofte Manor, pudemos fazer um mergulho em muitos níveis. Em nós mesmos, com o outro, com os pequenos grupos e com o grupo geral. Cada um desses momentos nos traz insights diferentes. Para um coach, é muito importante entrar em contato consigo mesmo, cuidar-se com as suas próprias ferramentas. Éramos 12 coaches de todo o mundo participando, e meu grupo era composto por uma francesa, uma russa e uma inglesa. Nós nos entendíamos para além das palavras. O retiro nos permitiu afinarmos a comunicação em um outro nível. Me senti muito acolhida e também acolhendo as outras pessoas. É como se tivesse sido criado um ‘campo’ próprio”, descreve Maria Angélica.

O espaço criado durante o retiro para a livre experimentação dos participantes foi um ponto importante da vivência, destacado por Jorge Oliveira. “A minha descoberta maior nesse processo é que foi criado um espaço especial em que podíamos experimentar, onde as coisas podiam acontecer. Quando você sabe que o espaço é seguro, o processo de desenvolvimento acontece naturalmente, não é preciso muitos outros estímulos, nem um programa muito estruturado. É só colocar algumas questões que tudo acontece naturalmente”. Ele ainda reforça o valor fundamental de um retiro para quem trabalha com pessoas. “É preciso, em algum momento, parar para refletir sobre si mesmo. Sem isso, há o risco de se cair em um processo muito mecânico, e isso é a morte para qualquer coisa. Principalmente em um processo que, quando você está interagindo com o cliente, você entra no campo dele. É preciso estar fortalecido para não ir perdendo foco e energia com o tempo. Todos os coaches necessitam fazer isto e também supervisão, que é fundamental para o contínuo crescimento”, destaca Jorge.